Enquanto Kamala Harris busca o apoio das comunidades árabe e muçulmana antes da eleição presidencial nos EUA, seu forte apoio a Israel em seu atual conflito com Gaza e o Líbano está levantando questões sobre sua atratividade entre esses eleitores. Embora Harris e sua equipe tenham realizado reuniões privadas com líderes selecionados das comunidades árabe e muçulmana, críticos argumentam que, sem uma mudança na política do Oriente Médio, seus esforços podem não ter sucesso.
Harris reafirmou seu apoio às ações de Israel e alinhou-se com a política do presidente Joe Biden de ajuda militar inabalável a Israel, apesar dos apelos de alguns dentro de seu partido para reconsiderar o papel dos EUA. Críticos como a ativista palestino-americana Laura Albast veem a abordagem de Harris como superficial, apontando para as reuniões a portas fechadas com representantes selecionados como faltando um envolvimento genuíno com as preocupações da comunidade. “Esses grupos e indivíduos sem rosto são meros símbolos para o Partido Democrata”, disse Albast ao Al Jazeera, acrescentando que a estratégia se resume a “marcar uma caixa” em vez de fazer mudanças significativas na política.
Com muitos eleitores profundamente opostos às ações militares apoiadas pelos EUA em Gaza e no Líbano, a abordagem de Harris gerou um debate sobre se gestos simbólicos serão suficientes para conquistar o apoio árabe e muçulmano, especialmente à medida que a frustração cresce com a política externa da administração no Oriente Médio.