A NFL está enfrentando um novo escrutínio, pois o neurocientista Chris Nowinski pediu uma investigação sobre uma aparente lesão na cabeça sofrida pelo quarterback do Buffalo Bills, Josh Allen, durante a derrota de domingo para o Houston Texans. A controvérsia gira em torno de como a lesão foi tratada, com Nowinski criticando a decisão de permitir que Allen voltasse ao campo após um forte tackle no quarto quarto que deixou o QB imóvel no gramado.
O treinador do Bills, Sean McDermott, disse aos repórteres que Allen “foi liberado e voltou ao jogo” após ser avaliado pela equipe médica quanto a concussões, lesões no peito e no tornozelo. No entanto, o incidente está levantando sérias preocupações sobre se os protocolos adequados foram seguidos. Quando a cabeça de Allen atingiu o chão, seu braço inicialmente tentou protegê-lo, mas o impacto o deixou mole—um sinal claro, segundo Nowinski, de que o QB perdeu a consciência brevemente. Os companheiros de equipe tiveram que virar Allen antes que ele fosse direcionado para a tenda médica na lateral do campo para uma avaliação mais detalhada.
Nowinski, co-fundador da Concussion Legacy Foundation e um defensor proeminente da segurança dos atletas, disse a Brianna Keilar e Boris Sanchez, da CNN: “Quanto mais eu assisto a este vídeo, mais fico preocupado com o que aconteceu.” Ele destacou o momento preocupante em que a cabeça de Allen bateu violentamente no chão, fazendo com que seu braço ficasse mole e seu pulso se movesse de forma estranha—um sinal, sugere Nowinski, de que o quarterback não estava totalmente consciente. “Eu realmente acho que ele estava inconsciente ali por um momento após aquele golpe… Eticamente, a ideia de que ele estava tentando ser um herói e ninguém lhe disse: ‘Ei cara, você foi nocauteado, seus companheiros tiveram que te virar’ realmente faz você se perguntar o que aconteceu aqui, e isso precisa ser investigado.”
A controvérsia só se aprofundou quando Allen saiu da tenda médica e aparentou receber sais aromáticos—um método usado para ajudar os jogadores a se sentirem mais alertas. Para Nowinski, isso foi um sinal preocupante. “A imagem de ser entregue sais aromáticos ao sair daquela tenda é um desastre absoluto e não deveria acontecer,” afirmou, enfatizando que a presença de sais aromáticos perto da área de avaliação de concussão era “terrível” e deveria levar a uma mudança de regra para evitar que isso acontecesse novamente.
Apesar das preocupações de Nowinski, McDermott confirmou que Allen não começaria a semana no protocolo de concussão, levantando mais questões sobre a minuciosidade do processo de avaliação. O manejo da lesão de Allen pelos Bills gerou debate, com críticos argumentando que padrões mais rigorosos são necessários para proteger os jogadores de retornarem muito cedo após potenciais traumas na cabeça.
A CNN entrou em contato com os Bills e a NFL para comentar, mas a liga e a equipe ainda não responderam. Allen, no entanto, abordou o incidente em sua coletiva de imprensa pós-jogo, dizendo que se “sentia bem o suficiente para voltar ao jogo.”
À medida que a NFL enfrenta uma pressão crescente para apertar seus protocolos de concussão, o apelo de Nowinski por uma investigação sublinha as preocupações contínuas sobre a segurança dos jogadores e o compromisso da liga em proteger seus atletas das consequências a longo prazo de lesões na cabeça.