Desde que a Genesis, a marca de desempenho de luxo da Hyundai, provocou o mundo do automobilismo com seus planos de entrar nas corridas de protótipos, a expectativa tem crescido constantemente. O anúncio de um competidor no formato LMDh para competir em circuitos de corrida de alto nível como Hypercar e GTP não é apenas um salto ambicioso; é uma entrada calculada no mundo das corridas de resistência de elite. Embora os detalhes oficiais tenham sido escassos, nos bastidores, avanços significativos estão sendo feitos.
LMP2: Um Passo Crucial para a Genesis
Uma das percepções mais reveladoras sobre o próximo programa da Genesis é sua provável entrada na European Le Mans Series (ELMS) em 2025 pela categoria LMP2. Embora isso possa não ser a estreia de hypercar que muitos antecipavam, é uma jogada astuta que permite à Genesis estabelecer as bases para sua eventual entrada no Campeonato Mundial de Resistência (WEC) e na IMSA. O esforço na LMP2 servirá como uma operação “white-label”, com uma equipe existente gerenciando o programa, mas sob a bandeira da Genesis.
Fundamental para essa abordagem é o uso da LMP2 para familiarizar a equipe com as regras da ACO e as nuances das corridas de resistência. É um passo vital antes da estreia oficial da fábrica, e acredita-se que funcionários do programa WRC da Hyundai estejam se transicionando para esse novo desafio.
IDEC Sport, TDS Racing (Panis Racing) e RD Limited de Romain Dumas são os principais concorrentes para liderar esse esforço. Todas as três equipes possuem fortes reputações e, o mais importante, estão baseadas no sul da França—uma vantagem estratégica, dado que o competidor LMDh da Genesis será construído em torno de um chassi ORECA.
IMSA: O Quebra-Cabeça Norte-Americano
O lado IMSA do programa parece estar em um cronograma ligeiramente diferente. Em vez de desenvolver uma equipe interna como na Europa, a Genesis está supostamente buscando uma equipe de corrida estabelecida na América do Norte para gerenciar suas entradas GTP. Essa divergência na estratégia sugere a complexidade de entrar tanto no WEC quanto no IMSA simultaneamente.
A Chip Ganassi Racing, recém-disponível após a separação com a Cadillac, tem sido frequentemente mencionada como uma possível candidata. No entanto, o cronograma para a estreia da Genesis no IMSA parece estar atrasado em relação ao seu esforço no WEC, com sinais apontando para um possível lançamento em 2026. Há até especulações de que uma entrada escalonada poderia ver a Genesis focando na Europa antes de trazer o programa para os Estados Unidos no final de 2026 ou 2027.
Desafios no Horizonte
Lançar um novo programa de corridas nunca é simples, e a Genesis enfrenta obstáculos substanciais em logística e gestão da cadeia de suprimentos—especialmente se optar por uma estreia em dupla no WEC e no IMSA. Com eventos críticos como as corridas de Daytona e Sebring no início do calendário do IMSA, a Genesis precisará garantir que sua operação seja robusta o suficiente para lidar com a pressão de eventos de alto perfil consecutivos.
Apesar desses desafios, a decisão da Genesis de se manter em um ritmo moderado nas corridas LMP2 e um possível lançamento gradual na IMSA demonstra paciência estratégica. Em vez de se precipitar na categoria Hypercar, a marca está levando o tempo necessário para construir uma base sólida, garantindo que possa competir com os gigantes já estabelecidos.
O que vem a seguir?
Enquanto o programa ainda está se formando, já há sussurros sobre a seleção de pilotos, com a expectativa crescendo sobre quem poderá assumir o volante do Genesis LMDh. Com uma estreia provável ainda a dois anos de distância, há muito tempo para especulações, mas uma coisa é clara: a Genesis está aqui para fazer uma declaração.
Essa entrada audaciosa no mundo das corridas de protótipos sinaliza a intenção da Genesis não apenas de competir, mas de lutar por honras máximas. Fique de olho neste espaço enquanto as peças do quebra-cabeça continuam a se encaixar para um dos novos e mais empolgantes participantes do automobilismo.