Uma entrevista ressurgida reacendeu o interesse pelos verdadeiros sentimentos de Arnold Palmer em relação a Donald Trump, revelando que o lendário golfista estava longe de ficar impressionado com o ex-presidente. Em um comício recente, Trump encantou os apoiadores com histórias sobre Palmer, até fazendo uma piada obscena sobre a anatomia do golfista durante um discurso no Aeroporto de Latrobe, que leva o nome de Palmer. No entanto, apesar da aparente admiração de Trump pelo vencedor de sete majors, descobriu-se que Palmer não compartilhava o mesmo apreço.
Em uma entrevista de 2018 com a Sporting News, a filha de Palmer, Peg Palmer, ofereceu um vislumbre dos pensamentos de seu pai durante a primeira campanha presidencial de Trump em 2016. Embora Palmer, uma figura politicamente conservadora que era amigo de Dwight D. Eisenhower, inicialmente apoiasse o Partido Republicano, ele se tornou cada vez mais desiludido com o comportamento e a retórica de Trump. Segundo Peg, o ícone do golfe, que faleceu em 2016, viu um lado de Trump durante a campanha que achou profundamente preocupante.
“Meu pai não gostava de pessoas que agem como se fossem melhores que os outros,” explicou Peg Palmer. “Ele não tinha paciência para desonestidade ou trapaça, e ficou horrorizado com a falta de civilidade de Trump e o que começou a ver como sua falta de caráter.”
Peg se lembrou de um momento em particular em que seu pai assistiu Trump na televisão durante a campanha eleitoral de 2016. Enquanto Trump falava, Arnold Palmer supostamente fez um barulho de desgosto — “uck” ou “ugg” — e comentou que Trump “não era tão inteligente quanto pensávamos que ele era.” O empresário, agora político, que um dia foi reverenciado deixou um gosto amargo na boca de um homem conhecido por sua graça, disciplina e integridade, características que Palmer acreditava que Trump carecia profundamente.
Refletindo sobre como seu pai se sentiria em relação a Trump hoje, Peg Palmer não se conteve: “Acho que ele ficaria envergonhado,” disse ela, imaginando a reação de seu pai ao contínuo ascenso da carreira política de Trump. Para um homem que se orgulhava de ser um modelo positivo, Palmer teria ficado consternado com o comportamento divisivo e inflamatório de Trump.
Os comentários vêm em um momento em que Trump continua a angariar apoio, particularmente na Pensilvânia, estado natal de Palmer. Enquanto Trump se gabava orgulhosamente de suas conexões com a lenda do golfe, a entrevista ressurgida pinta um quadro bem diferente da relação.
Adicionando combustível ao fogo, o comício também viu o ex-estrela da NFL Antonio Brown subir ao palco, agitando os apoiadores de Trump. Brown, conhecido por sua personalidade franca, zombou da mídia “louca” e atacou o companheiro de chapa de Kamala Harris, Tim Walz. O ex-receiver do Pittsburgh Steelers comparou sua própria ascensão improvável na NFL ao ascenso de Trump à presidência, incitando ainda mais a multidão.
Enquanto Trump continua sua turnê pela Pensilvânia, com paradas programadas em uma estação de fritura do McDonald’s perto da Filadélfia e na presença de um jogo do Pittsburgh Steelers, o legado de Arnold Palmer serve como um lembrete silencioso de que nem todos os ícones americanos compartilham sua admiração. A história do desdém de Palmer pela falta de caráter de Trump acrescenta mais uma dimensão à figura complexa e muitas vezes controversa do ex-presidente. Embora Trump ainda possa ter legiões de fãs, está claro que algumas das figuras mais respeitadas da história americana, como Arnold Palmer, não estavam entre elas.