Durante uma visita surpresa a Kyiv, o Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, prometeu continuar apoiando a luta da Ucrânia contra a Rússia com mais ajuda militar, mas não apoiou as principais demandas do presidente Volodymyr Zelenskyy, incluindo a adesão à OTAN e capacidades de mísseis de longo alcance. Enquanto Austin anunciou um novo pacote de ajuda de $400 milhões, incluindo munições, veículos blindados e armas antitanque, ele evitou apoiar movimentos que poderiam escalar dramaticamente a guerra, especialmente com a eleição presidencial dos EUA se aproximando.
A visita de Austin ocorre em um momento crítico para a Ucrânia, enquanto suas forças lutam para manter a linha contra uma feroz ofensiva russa ao longo da frente oriental. Apesar de mais de $58 bilhões em assistência de segurança dos EUA, os apelos de Kyiv por medidas mais agressivas—como ataques profundos no território russo—têm sido recebidos com hesitação em Washington, já que o presidente Biden busca evitar provocar um conflito direto entre a OTAN e a Rússia.
“Não existe uma solução mágica. Nenhuma capacidade única mudará o rumo,” alertou Austin, enfatizando que os EUA pretendem apoiar a Ucrânia sem acender uma guerra mais ampla. Sua mensagem foi clara: enquanto a América apoia a Ucrânia, não tomará medidas que arrisquem uma confrontação em grande escala entre a OTAN e a Rússia.
Os riscos para a Ucrânia são altos, já que enfrenta mais um inverno de ataques com mísseis e escassez de energia, e o governo de Zelenskyy tem pressionado fortemente por adesão à OTAN e armamentos mais avançados. No entanto, com a eleição nos EUA a menos de duas semanas, decisões sobre esses passos ousados são improváveis antes de 5 de novembro, deixando a Ucrânia em uma posição precária enquanto os ataques russos continuam a devastar suas cidades.