Em uma explosão surpreendente, Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, denunciou a Coreia do Sul e a Ucrânia como “lunáticos” após seus avisos sobre a possibilidade de a Coreia do Norte enviar tropas para apoiar a Rússia em seu conflito em andamento com a Ucrânia. Seus comentários provocativos foram publicados pela agência oficial de notícias coreana, a Korean Central News Agency, e fazem parte de uma resposta mais ampla ao aumento das tensões na Península Coreana.
Kim acusou a Coreia do Sul de se envolver em “provocação militar” ao supostamente enviar drones sobre o espaço aéreo norte-coreano, uma alegação que não foi confirmada por Seul. Ela advertiu ominosamente que tais ações contra um estado com armas nucleares poderiam levar a uma “situação horrível” que desafia a imaginação tanto de políticos quanto de especialistas militares ao redor do mundo.
O Norte expressou sua fúria sobre o que percebe como uma intrusão de drones pela Coreia do Sul neste mês, levando Pyongyang a ordenar que suas unidades de artilharia ao longo da fronteira ficassem em alerta máximo para uma possível retaliação. Em suas declarações, Kim se absteve de abordar a possibilidade de a Coreia do Norte enviar tropas para a Ucrânia, apesar das preocupações da Coreia do Sul sobre o aprofundamento das relações entre Pyongyang e Moscou.
A retórica do Norte se intensifica em meio à estratégia mais ampla de Kim Jong Un de romper laços com a Coreia do Sul, que ele tem rotulado cada vez mais como um estado hostil. Recentemente, a Coreia do Norte demoliu estradas que conectavam ao Sul e alterou sua constituição para designar oficialmente a Coreia do Sul como um adversário.
Com o aumento das tensões, a declaração de Kim Yo Jong terminou com um aviso arrepiante: “Ninguém sabe como nossa retaliação e vingança serão concluídas.” As implicações de tais ameaças acrescentam uma camada de urgência à já precária situação no Leste Asiático, enquanto tanto a Coreia do Norte quanto a Coreia do Sul se preparam para um futuro incerto marcado pela hostilidade e pela postura militar.