Lewis Hamilton enfrentou um dos finais de semana mais brutais de sua ilustre carreira no Circuito das Américas (COTA), com uma saída na Q1 e um acidente desastroso na primeira volta que o deixou fora da corrida. Para o sete vezes campeão mundial, que em breve irá para a Ferrari, foi um capítulo frustrante em uma temporada já repleta de decepções.
George Russell, companheiro de equipe de Hamilton, teve um desempenho ligeiramente melhor, mas ainda enfrentou seu próprio conjunto de desafios em Austin. Após um acidente durante a qualificação, Russell foi forçado a começar da área dos boxes, conseguindo eventualmente se recuperar para um respeitável P6. Apesar dessa recuperação, a diferença de desempenho entre a Mercedes e as equipes de topo—Ferrari, Red Bull e McLaren—era dolorosamente clara.
A Mercedes, embora ainda tenha conseguido algumas vitórias nesta temporada, tem lutado enormemente com o chassi W15, que tem sido uma fonte de frustração sem fim para a equipe. Seus problemas não estão relacionados ao motor, já que a McLaren, equipada com a mesma unidade de potência da Mercedes, frequentemente superou a equipe de fábrica em 2024. O verdadeiro problema reside na aerodinâmica e na configuração mecânica do carro, que têm sido inconsistentes e imprevisíveis durante toda a temporada.
À medida que a equipe se dirige ao México para a Rodada 20 do Campeonato Mundial de F1 de 2024, eles enfrentam um teste crucial. O Autódromo Hermanos Rodríguez tem sido um bastião para a Mercedes no passado, com Lewis Hamilton e Nico Rosberg conquistando vitórias. No entanto, com sua forma atual, replicar esse sucesso parece longe de ser garantido.
O chefe da equipe, Toto Wolff, abordou as dificuldades da equipe antes do Grande Prêmio do México, dizendo: “Após um final de semana difícil em Austin, temos a oportunidade de nos recuperar imediatamente no México. Nosso desempenho no Texas mostrou que há um potencial inerente no carro, mas nosso desafio é extrair isso de forma consistente.”
Wolff destacou a complexidade do problema: “Não é apenas uma questão—é uma combinação de fatores tanto nas áreas aerodinâmica quanto mecânica do carro. Temos mais cinco corridas para resolver isso, e precisamos fazer isso não apenas para 2024, mas para nos prepararmos para 2025.”
O circuito de alta altitude do México apresenta um desafio único para a Mercedes, especialmente dada a pressão adicional que a unidade de potência enfrenta no ar rarefeito. Wolff expressou esperança de que as últimas atualizações da equipe sejam testadas nessas condições desafiadoras.
Adicionando à narrativa do final de semana está o retorno de Kimi Antonelli, o prodígio adolescente e piloto da Mercedes para 2025, que participará de sua segunda sessão de FP1. A equipe conta com Antonelli para ser uma parte fundamental do seu futuro, apesar de sua estreia decepcionante em Monza.
Enquanto a Mercedes se prepara para o GP do México, a pressão está aumentando. Sua temporada decepcionante deixou a equipe muito atrás das três melhores no Campeonato de Construtores, com poucas esperanças de recuperação. Atualmente na quarta posição, a Mercedes se encontra a mais de 150 pontos atrás da Ferrari, Red Bull e McLaren, todas as quais superaram as Flechas Prateadas ao longo de 2024.
No Campeonato de Pilotos, os números são igualmente sombrios. Hamilton está languindo na P6 com 177 pontos, exatamente metade da contagem do líder do campeonato, Max Verstappen. Enquanto isso, Russell ocupa a P8 com 167 pontos, destacando a extensão das dificuldades da Mercedes nesta temporada.
O Grande Prêmio do México será um ponto crítico para a Mercedes, enquanto eles buscam reverter uma campanha vacilante e encontrar alguma consistência no desempenho de seu carro. Se não conseguirem, pode ser mais um fim de semana longo e doloroso para a equipe que antes dominava.