As saídas mais recentes de executivos de alto nível da FIA incluem Pierre Ketterer, que atuou como Diretor de Governança e Regulamentação da FIA, e Edward Floydd, que ocupou o cargo de Chefe de Assuntos Legais Comerciais da FIA. Ambas as pessoas faziam parte da equipe de negociação da FIA para o atual Acordo de Concorde da F1, que está previsto para vigorar até 2026.
Ketterer, que estava na FIA desde 2010, está programado para se juntar ao Comitê Olímpico Internacional (COI) em abril. Apesar de ter sido trazido durante o mandato do ex-presidente da FIA, Jean Todt, Ketterer foi considerado um membro crucial da equipe de Ben Sulayem. Sulayem, o atual presidente da FIA, expressou sua apreciação pessoal e profissional por Ketterer, destacando sua dedicação meticulosa em servir a Federação e seus membros.
Em resposta à sua saída, Ketterer afirmou que é apaixonado por esportes e que ingressar no COI é um sonho realizado para ele. Ele passou 14 anos na FIA e desejava buscar novos desafios em outra organização esportiva, enquanto ainda permanecia na indústria esportiva. Embora tenha expressado tristeza ao deixar o automobilismo e se despedir de seus colegas e amigos, Ketterer reconheceu a importância de seu relacionamento com o presidente da FIA e desejou-lhe sucesso em seu novo papel.
Ketterer e Floydd agora podem ser adicionados à crescente lista de pessoal de alto nível que deixou a FIA. Esta lista inclui figuras notáveis como o diretor esportivo da F1, Steve Nielsen, o diretor técnico da F1, Tim Goss, a gerente técnica da Fórmula E, Alessandra Ciliberti, e a presidente da Comissão de Mulheres no Automobilismo, Deborah Mayer, entre outros. Além disso, houve várias saídas menos conhecidas do pessoal da FIA.
O porta-voz da FIA abordou o fenômeno da fuga de cérebros dentro da organização, explicando que a FIA passou por uma transformação significativa no último ano. Essa transformação envolveu a criação de 10 novos departamentos, reestruturando a Federação para alinhar-se melhor com as necessidades futuras. Embora alguns indivíduos tenham partido em busca de outras oportunidades, a FIA também acolheu novas adições à sua equipe de gestão, incluindo um diretor jurídico, um diretor comercial e um diretor sênior de sustentabilidade e igualdade, diversidade e inclusão. O porta-voz enfatizou que a FIA também preencheu numerosos papéis-chave nos setores de esporte e mobilidade.
No mês passado, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou a nomeação de Tim Malyon como Diretor Esportivo no Departamento de Monopostos. Malyon será responsável por todas as questões relacionadas ao esporte, incluindo a supervisão da Direção de Corrida e do Centro de Operações Remotas (ROC) em Genebra. Ele se reportará diretamente a Nikolas Tombazis, o Diretor do Departamento de Monopostos da FIA.
No entanto, a constante rotatividade de funcionários dentro da FIA não passou despercebida. Toto Wolff, o chefe da equipe da Mercedes F1, expressou sua preocupação com a saída de Steve Nielsen, o ex-diretor esportivo, há um mês. Wolff declarou: “É preocupante ver tantos indivíduos talentosos saindo. Perder Steve Nielsen é um retrocesso significativo. Não consigo pensar em um diretor esportivo mais conhecedor e justo.”
Wolff acredita que, como líder, é crucial criar uma cultura e um ambiente onde as pessoas possam prosperar. Ele apontou que, quando indivíduos competentes como Nielsen deixam uma organização, isso cria um vazio. Ele questionou por que tantas pessoas decidiram sair repentinamente e enfatizou a importância da estabilidade dentro da FIA. Segundo Wolff, a FIA é um dos três principais stakeholders do esporte, e, como líderes dessas organizações, eles precisam dar o exemplo para os outros. Esta declaração pode ser interpretada como uma crítica direta a Ben Sulayem, o chefe da FIA.