O Universo se tornou um tema quente nos últimos anos, com inúmeras missões dedicadas ao estudo de seus mistérios. Telescópios desempenharam um papel crucial nesses esforços, e o telescópio James Webb, lançado em 2021, foi um divisor de águas. No entanto, há outro telescópio empolgante no horizonte – Athena.
Athena, abreviação de Advanced Telescope for High-ENergy Astrophysics, é um projeto da Agência Espacial Europeia (ESA) que visa explorar o “Universo quente e energético.” Ao estudar os processos por trás da formação de galáxias e o crescimento de buracos negros, Athena espera obter uma compreensão mais profunda desses aspectos fundamentais do Universo.
O que diferencia Athena é seu status como o maior telescópio de raios X já construído, superando até mesmo o renomado telescópio Chandra. Com sua notável área de coleta de luz, velocidade de pesquisa, sensibilidade e capacidades de espectroscopia, espera-se que Athena supere qualquer telescópio existente por um fator de dez.
O hardware da Athena gira em torno de três instrumentos principais. O primeiro é o próprio telescópio de raios X, que possui um comprimento focal de 12 metros (39 pés) – um tamanho sem precedentes no campo. Acompanhando-o estão a Unidade de Campo Integral de Raios X (X-IFU) para imagem de alta resolução e o Imager de Grande Campo (WFI) para espectroscopia de resolução moderada em um grande campo de visão.
Athena embarca em duas missões principais. Primeiro, visa mapear o gás quente no Universo, desvendando suas propriedades físicas e evolução. Isso fornecerá insights valiosos sobre a formação de galáxias e a montagem da matéria. As capacidades do telescópio permitem observar gás a temperaturas que alcançam milhões de graus e partículas se movendo a velocidades próximas à da luz.
A segunda missão da Athena é descobrir buracos negros supermassivos que estavam ativos nas primeiras etapas do Universo. Ao estudar esses buracos negros em acreção, os astrônomos esperam obter uma melhor compreensão do fluxo de matéria e energia nesses fenômenos cósmicos.
No entanto, o impacto da Athena vai além de suas missões específicas. Sua versatilidade permite que os astrônomos observem e estudem rapidamente eventos inesperados no Universo, proporcionando insights valiosos sobre nosso entorno. Com suas capacidades inovadoras, a Athena promete revolucionar nossa compreensão do Universo e de seu funcionamento intrincado.
(Foto: ESA)
Foto: ESA
Athena: O Telescópio Revolucionário Preparado para Explorar o Universo
Em uma missão inovadora programada para 2035, a Agência Espacial Europeia (ESA) está se preparando para lançar a Athena, um telescópio de última geração que promete revolucionar nossa compreensão do universo. Com sua capacidade de responder a eventos celestiais inesperados em até quatro horas e rastrear fenômenos impressionantes como ondas gravitacionais e eventos de neutrinos, a Athena está prestes a ter um impacto profundo na astrofísica moderna.
Trabalhando em conjunto com a Antena Espacial de Interferômetro a Laser (LISA), uma coleção de três espaçonaves programadas para lançamento em 2035, a Athena visa nos proporcionar uma compreensão mais profunda das ondas gravitacionais. Essas ondas, causadas por objetos espaciais massivos como buracos negros se movendo pelo espaço e criando ondulações no espaço-tempo, contêm informações cruciais sobre a natureza do nosso universo.
Ao contrário de missões anteriores, a Athena será um esforço aberto, convidando a colaboração da comunidade astronômica. Essa abordagem inclusiva garante que maximizemos nosso conhecimento e insights a partir das observações do telescópio. Desde os planetas e estrelas dentro de nossa galáxia até os confins do cosmos, a Athena lançará luz sobre os mistérios do universo.
Planejado para operar por um mínimo de quatro anos, com a possibilidade de extensões, Athena será estrategicamente posicionado no ponto de Lagrange Sol-Terra 1 (L1). Semelhante ao telescópio James Webb, Athena realizará uma órbita em halo ao redor desse ponto de equilíbrio gravitacional no espaço. A partir deste ponto de vista, Athena se concentrará em aproximadamente 300 fontes fortes de raios-X a cada ano, dedicando cerca de 28 horas para observar cada uma. Este mapeamento abrangente do gás quente no universo fornecerá insights inestimáveis sobre a natureza dos buracos negros e outros fenômenos cósmicos.
Além disso, a cada seis dias, Athena desviará sua atenção para alvos de oportunidade. Aproveitando suas capacidades de implantação rápida, o telescópio capturará eventos efêmeros, como explosões de raios gama, oferecendo um vislumbre mais rápido e potencialmente mais revelador dessas ocorrências extraordinárias.
Athena não é apenas um empreendimento da ESA; é um esforço colaborativo envolvendo a NASA e a JAXA, as agências espaciais americana e japonesa, respectivamente. Esta parceria internacional sublinha a importância desta missão e o desejo coletivo de expandir os limites do nosso conhecimento sobre o universo.
Enquanto aguardamos ansiosamente o lançamento do Athena em 2035, a comunidade científica e os entusiastas do espaço esperam as descobertas inovadoras e o impacto transformador que este telescópio revolucionário terá em nossa compreensão do cosmos.