O Pentágono deixou claro que os Estados Unidos não imporão novas restrições ao uso de armas americanas pela Ucrânia, mesmo com a mobilização de tropas norte-coreanas para apoiar as forças russas perto da fronteira da Ucrânia. Essa decisão de política ocorre em meio a uma preocupação crescente sobre o papel em expansão da Coreia do Norte, com 10.000 soldados norte-coreanos agora reportados como estacionados na Oblast de Kursk, na Rússia, segundo a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh. A mudança marca uma postura ousada de Washington, enquanto a Coreia do Norte, há muito tempo um aliado isolado da Rússia, despliega forças em uma das regiões mais intensas do conflito.
A declaração do Pentágono segue a confirmação da OTAN de que tropas norte-coreanas estão sendo posicionadas para ajudar a Rússia em combate perto de Kursk, uma região já pressionada por ofensivas ucranianas. O presidente Joe Biden chamou o envolvimento direto da Coreia do Norte de “um desenvolvimento muito perigoso”, enfatizando o potencial do conflito para atrair ainda mais atores globais. Apesar da proibição de longa data dos EUA sobre o uso de armas fabricadas na América pela Ucrânia para ataques profundos no território russo, a recente postura de Washington reflete seu compromisso em apoiar a Ucrânia diante das crescentes ameaças das alianças da Rússia.
Relatórios indicam que a presença de tropas da Coreia do Norte inclui uma força especializada de 500 oficiais e três generais, marcando um compromisso significativo de Pyongyang. A revelação vem após meses de especulação, que tanto a Rússia quanto a Coreia do Norte inicialmente descartaram, mas desde então responderam com declarações evasivas à medida que as evidências aumentavam. A inteligência militar ucraniana sugere que soldados norte-coreanos poderiam começar a entrar em zonas de combate já a partir de 27 de outubro, adicionando uma camada perigosa ao já volátil conflito.
Em resposta, os EUA se comprometeram a apoiar a produção doméstica da Ucrânia de capacidades de longo alcance, com um pacote de ajuda de até $800 milhões anunciado na semana passada. Essa assistência provavelmente fortalecerá a capacidade da Ucrânia de se defender contra a nova frente russa aumentada, especialmente à medida que o envolvimento da Coreia do Norte eleva as apostas regionais.
Com a Coreia do Norte agora sendo um jogador ativo, o compromisso de Washington envia uma mensagem resoluta: a Ucrânia terá o apoio dos EUA na defesa de sua soberania, e as armas americanas permanecerão à sua disposição, sem restrições de novas condições, enquanto a Rússia continuar a contar com alianças estrangeiras. A postura do Pentágono sinaliza à Rússia e seus aliados que o compromisso do Ocidente com a Ucrânia é inabalável, não importa os adversários envolvidos na luta.