À medida que Fernando Alonso se prepara para seu 400º Grande Prêmio de Fórmula 1 no GP do México, o bicampeão mundial continua a desafiar as probabilidades e expectativas em um esporte conhecido por seu ritmo implacável e feroz competição. Aos 43 anos, Alonso se destaca como uma lenda viva da F1, com 32 vitórias, 104 pódios e 22 pole positions—feitos que consolidaram seu lugar nos anais da história do automobilismo. O que é ainda mais notável é sua presença duradoura no auge do esporte, tendo estreado lá em 2001.
A longevidade de Alonso é nada menos que inspiradora, tornando-o o primeiro piloto a atingir 400 corridas, um marco que poucos poderiam ter previsto quando ele apareceu pela primeira vez como um jovem de 19 anos correndo pela Minardi. Refletindo sobre sua carreira, Alonso revelou que seus planos iniciais não incluíam ficar no esporte por mais de duas décadas. Na verdade, ele considerou se retirar já em 2009, após realizar seu sonho de infância de se tornar um Campeão Mundial de Fórmula 1.
“Eu não estava pensando muito sobre o futuro,” Alonso lembrou sobre sua temporada de estreia. “Eu era um piloto realizando seu sonho: correr na Fórmula 1, e eu não tinha um roteiro claro para minha carreira esportiva.”
Sua jornada para se tornar um campeão começou rapidamente, com sua vitória inaugural no GP da Hungria de 2003, tornando-o o mais jovem vencedor de um Grande Prêmio de F1 na época. Alonso seguiu isso ao se tornar o mais jovem Campeão Mundial em 2005, um título que ele defendeu com sucesso em 2006 com a Renault, estabelecendo-se firmemente como um dos pilotos mais talentosos de sua geração.
No entanto, após conquistar dois campeonatos mundiais, Alonso admitiu que pensava que seu tempo no esporte estava chegando ao fim. Quando assinou com a McLaren em 2007, foi com um contrato de três anos, e ele acreditava plenamente que 2009 seria sua última temporada na F1. “Eu estava 99% certo de que 2009 seria minha última temporada na F1”, disse Alonso, explicando que já havia alcançado mais do que jamais sonhara.
Seu tempo na McLaren, no entanto, foi marcado por tensões internas, particularmente com o companheiro de equipe novato Lewis Hamilton. Apesar do atrito, Alonso perdeu por pouco a chance de um terceiro título, ficando a apenas um ponto de distância. Ao final de 2007, ele havia deixado a McLaren, e embora sua carreira tenha tomado rumos inesperados, sua aposentadoria nunca aconteceu.
Em vez disso, Alonso continuou a buscar glória em várias equipes, incluindo passagens pela Ferrari, novamente pela McLaren e agora pela Aston Martin. Ao longo do caminho, ele ganhou a reputação de um dos pilotos mais determinados e habilidosos do esporte, nunca se contentando em se acomodar na mediocridade, mesmo quando os carros não eram candidatos ao campeonato.
Enquanto Alonso celebra sua 400ª corrida, sua carreira está longe de acabar. Atualmente em nono lugar na classificação de pilotos de 2024, ele continua a mostrar que a idade é apenas um número. A Aston Martin, com Alonso no comando, tem como objetivo se tornar uma séria concorrente, especialmente com a adição do renomado diretor técnico Luca Furbatto a partir de 2025.
Para Alonso, a emoção de competir no mais alto nível ainda está muito viva, mesmo que ele tenha imaginado uma vida mais tranquila após pendurar o capacete. Refletindo sobre sua longevidade, Alonso frequentemente comentou que não havia uma razão específica para continuar após 2009. No entanto, sua paixão duradoura pelas corridas e a incansável busca pelo sucesso o mantiveram na pista por mais de duas décadas.
Ao atingir a marca de 400 corridas, o legado de Alonso é um de resiliência, adaptabilidade e excelência incomparáveis. Sua presença na Fórmula 1 continua a ser um testemunho da ideia de que campeões nunca param de buscar a grandeza, não importa quantos anos—ou corridas—se tenham passado.