Antonio Felix da Costa está entrando na Temporada 11 do Campeonato Mundial de Fórmula E da FIA com confiança renovada e uma equipe que ele acredita ter as ferramentas para conquistar a coroa do campeonato. Após uma temporada 10 cheia de altos e baixos, onde seu lugar na Tag Heuer Porsche estava ameaçado, da Costa respondeu com um retorno ousado, vencendo quatro corridas e provando seu valor como um dos pilotos de elite da série.
“Temos os Ingredientes para Vencer”
Refletindo sobre sua jornada e a evolução da equipe, da Costa expressou otimismo sobre suas chances na nova temporada.
“Sinto que às vezes é natural para as pessoas relaxarem um pouco após uma grande conquista como ganhar um campeonato, mas esse não tem sido o caso aqui,” disse da Costa, referindo-se ao companheiro de equipe Pascal Wehrlein e ao triunfo da Porsche na Temporada 9. “A equipe está se esforçando mais do que nunca, especialmente com o trabalho por trás do novo carro [GEN3] Evo. Nós trabalhamos duro, e agora é hora de limpar e executar.”
A estratégia de da Costa para o sucesso é clara: consistência. Apesar de ter garantido cinco pódios no ano passado, todos foram vitórias. O lado negativo? Quando ele não venceu, muitas vezes terminou fora dos pontos. “Esse não é o caminho para ganhar um campeonato,” ele admitiu. “Precisamos capitalizar até mesmo nos dias ruins—terminando em quinto, quarto ou sétimo quando não conseguimos vencer. É assim que se ganham campeonatos.”
“Ressurgindo de um Buraco Escuro”
A ressurgência de Da Costa veio após a Porsche testar Nico Müller, supostamente considerando-o como um potencial substituto durante a temporada. O piloto português respondeu com bravura, entregando performances de destaque, incluindo vitórias em Berlim, China e ambas as corridas em Portland.
Refletindo sobre o momento crucial, da Costa disse: “O ano passado foi uma experiência de aprendizado séria. De estar em um buraco escuro, aprendi como me recuperar mais forte, como piloto, atleta e jogador de equipe. Agora, estamos muito melhor preparados para dias difíceis.”
Ele também observou uma mudança de mentalidade no meio da temporada passada: “Eu parei de me preocupar com o que os outros pensavam—chefes, patrocinadores—e me concentrei em correr por mim mesmo. Quando faço isso, todos os outros se beneficiam como consequência.”
“Decifrando o Enigma do Pneu Hankook”
Um dos principais desafios para a próxima temporada tem sido a adaptação aos novos pneus Hankook introduzidos para os carros GEN3 Evo. Da Costa descreveu os pneus como “um quebra-nozes,” com comportamentos que variam significativamente ao longo de sua vida útil.
“É incrível quando novos, mas se torna muito subesterçante depois. Temos tentado descobrir compensações para diferentes estágios da vida do pneu,” ele explicou. Enquanto os dias de teste colocam estresse extra nos pneus, da Costa está otimista sobre a capacidade da Porsche de se adaptar durante os finais de semana de corrida.
“Pit Boost: Uma Mudança de Jogo para a Fórmula E”
Da Costa é um forte defensor do novo sistema Pit Boost, a implementação há muito discutida de paradas de pit stop com recarga rápida na Fórmula E. “Isso traz uma dinâmica legal para a corrida,” disse ele, descrevendo como paradas de pit estratégicas poderiam reorganizar a ordem e criar momentos emocionantes para os fãs.
Além do entretenimento, da Costa acredita que o Pit Boost está alinhado com a missão da Fórmula E de avançar na tecnologia de veículos elétricos. “Há um estigma sobre os EVs precisarem de longos tempos de recarga, mas isso mostra que é possível carregar um carro em cinco minutos. É uma mensagem poderosa para a mobilidade elétrica.”
No entanto, ele enfatizou a necessidade de confiabilidade. “O sistema precisa funcionar perfeitamente. Não podemos ter corridas arruinadas por falhas de recarga. Talvez haja um meio-termo—velocidades de recarga mais lentas para aliviar a pressão nas baterias—mas estou totalmente a favor da iniciativa.”
“Temporada 11: Um Novo Capítulo para a Porsche e da Costa”
À medida que a Temporada 11 se aproxima, da Costa está pronto para capitalizar o impulso que construiu na segunda metade de 2024. Com foco na consistência, adaptabilidade estratégica e trabalho em equipe, ele acredita que a Porsche está bem equipada para disputar o título.
“Aprendemos muito com o ano passado,” disse ele. “Temos os ingredientes para performar e montar uma grande temporada.”
Se da Costa e a Porsche conseguirão transformar esses ingredientes em uma receita de campeonato será uma das principais histórias a serem acompanhadas à medida que a 11ª temporada da Fórmula E se desenrola.