A turbulenta turnê de despedida de Lewis Hamilton com a Mercedes atraiu críticas contundentes, com Guenther Steiner, o ex-principal da equipe Haas, sugerindo que as frustrações do campeão sete vezes são amplificadas por sua iminente mudança para a Ferrari. As recentes dificuldades de Hamilton, incluindo uma apresentação desastrosa no Grande Prêmio de São Paulo, alimentaram especulações sobre sua mentalidade à medida que se aproxima do fim de sua era na Mercedes.
As Reclamações de Hamilton: Mais do que Apenas Frustração?
As observações inflamadas de Hamilton após sua saída no Q1 no Brasil, chamando o W15 de “o pior carro que já dirigi”, foram interpretadas por Steiner como um subproduto de sua partida iminente.
“Eu acho que Lewis, sabendo que vai embora de qualquer forma, fica mais fácil reclamar,” brincou Steiner no The Red Flags Podcast.
“Ele não gosta do carro ou de como ele dirige. Em três corridas, ele não estará mais lá.”
Em contraste, Steiner elogiou a ética de trabalho de George Russell, enquadrando o jovem piloto da Mercedes como um homem lutando por seu futuro dentro da equipe.
“George sabe que seu lugar não está 100% seguro. Ele está dando tudo, tentando mostrar que é o líder da equipe.”
O IP Jab: Uma Preocupação Ridícula?
Quando questionado sobre a possibilidade de Hamilton levar propriedade intelectual valiosa da Mercedes para a Ferrari, Steiner descartou a ideia com seu humor característico:
“Ninguém quer isso! Talvez a Ferrari queira saber o que não fazer,” ele brincou.
“Eu realmente esperava que alguém roubasse a propriedade intelectual da Haas. Por favor, apenas leve!”
Hamilton Faltando a Reuniões: Um Retiro Estratégico?
Relatos de que Hamilton parou de participar das reuniões internas da Mercedes levantaram sobrancelhas. Steiner minimizou a importância disso, atribuindo à vasta experiência de Hamilton.
“Lewis tem tanta experiência que não precisa estar nessas reuniões. Seu engenheiro está lá. O carro é o que é.”
Os Problemas da Mercedes: Confusão e Contradições
Steiner não poupou críticas à temporada inconsistente da Mercedes, destacando a narrativa em mudança da equipe sobre sua compreensão do carro.
“Eles ganharam três corridas e disseram: ‘Agora entendemos.’ Então, na corrida seguinte, não entenderam. Isso significa que não entenderam.”
A História de Dois Pilotos
A análise de Steiner pinta um contraste vívido entre as abordagens de Hamilton e Russell em uma temporada desafiadora. Enquanto Russell vê o copo “meio cheio” e luta para solidificar seu lugar como o futuro da Mercedes, a insatisfação de Hamilton e suas queixas vocais refletem um piloto pronto para seguir em frente.
Enquanto Hamilton mira a Ferrari e a Mercedes se debate com suas deficiências, uma coisa é clara: as três últimas corridas de 2024 serão menos sobre glória e mais sobre sobrevivência tanto para o piloto quanto para a equipe.