Maior estudo americano de satisfação e fiabilidade automóvel revelou um aumento significativo de problemas ao fim de três anos. Elétricos com mais queixas.
O inquérito anual de satisfação da JD Power que estabelece o ranking das marcas que se destacam na qualidade de fabrico e tecnologias dos seus automóveis no lado de lá do Atlântico, com base nas respostas de 30 595 proprietários sugere que há “um declínio na fiabilidade dos veículos a longo prazo, com níveis aumentados de incidentes relatados por quase dois terços das marcas”.
O estudo regista o número de problemas por 100 veículos de cada marca, experienciados pelos proprietários ao longo dos últimos 12 meses, em nove áreas principais: climatização; assistência à condução; direção; exterior; funcionalidades/comandos/display; infoentretenimento; interior; motorizações; e bancos. Sendo que apenas foram considerados modelos com três anos e um único dono.
E, de acordo com este relatório, a média da indústria é agora de 190 problemas por 100 veículos (PP100), uma subida de quatro pontos em relação aos dados de 2023.
Os sistemas de infoentretenimento continuam a ser os que causam mais dores de cabeça aos proprietários, foi a área com maior número de problemas relatados – 49,1 por 100 veículos. Praticamente o dobro das notificações sobre o item “exterior”, o segundo mais problemático no estudo da J.D. Power. A conectividade para smartphones através do Apple CarPlay e Android Auto é o problema mais comum relacionado ao infoentretenimento, com 6,3 problemas por 100 automóveis.
Neste mais recente relatório, a JD Power observa que os modelos elétricos e híbridos tendem a ter mais problemas do que os congéneres movidos exclusivamente por um motor de combustão interna. Os 100% elétricos são os mais problemáticos, com 256 problemas relatados por 100 veículos, seguidos pelos PHEV (216 PP100), a uma distância considerável dos automóveis a gasolina (187 PP100).
Após três anos de propriedade, os pneus são um ponto sensível para os condutores de veículos eléctricos movidos a bateria, com 39% a afirmar que substituíram pneus nos últimos 12 meses – mais 19% do que os veículos com motores de combustão.