Um debate acalorado foi iniciado em todo o país, pois várias companhias aéreas enfrentam críticas por remover passageiras de voos devido à escolha de suas vestimentas. Incidentes envolvendo tops cropped, leggings e outras roupas casuais levantaram questões sobre se as companhias aéreas estão atacando injustamente as mulheres com códigos de vestimenta arbitrários e sexistas.
A Spirit Airlines Remove Duas Mulheres Por Causa de Tops Cropped
No último incidente, as amigas Tara Kehidi e Teresa Araujo foram removidas de um voo da Spirit Airlines de Los Angeles para Nova Orleans, após um comissário de bordo masculino considerar seus tops cropped inadequados. A dupla, que estava indo para Nova Orleans para comemorar o aniversário de Tara, afirmou que foram informadas de que deveriam se cobrir, apesar da temperatura quente na cabine.
“É simplesmente humilhante ter que ser escoltada e tratada como uma criminosa só porque estávamos usando tops cropped,” disse Tara ao DailyMail.com. “Perdemos nosso tempo, o tempo de outras pessoas, nosso dinheiro, nossa dignidade.”
As mulheres pediram esclarecimentos sobre qual política de vestimenta elas haviam violado, mas não receberam uma explicação satisfatória. Em vez disso, foram escoltadas para fora do avião sem reembolso e tiveram que gastar mais $1.000 em novos voos.
Passageira da Delta Afirma Que Foi Alvo Por Não Usar Sutiã
Em outro incidente, a publicitária Lisa Archbold foi removida de um voo da Delta Airlines após a equipe alegar que sua vestimenta era muito reveladora. Archbold, que se identifica como queer, estava usando shorts largos e uma camiseta folgada sem sutiã. Ela argumentou que estava sendo atacada injustamente por não se conformar às expectativas de gênero tradicionais.
“Eu estava vestida como um garotinho… Eu não tinha ideia do que ela estava falando,” disse Archbold, compartilhando uma foto de sua roupa nas redes sociais. Ela exigiu um pedido de desculpas da companhia aérea, afirmando que a experiência foi humilhante.
A ex-Miss Universo Olivia Culpo foi aconselhada a se cobrir
A ex-Miss Universo Olivia Culpo enfrentou uma situação semelhante quando a equipe da American Airlines considerou seu conjunto de sutiã esportivo e shorts de ciclista como “inapropriado.” Culpo foi informada de que deveria colocar roupas adicionais ou correria o risco de ser barrada em seu voo para o México. Ela pegou um moletom emprestado do namorado para se adequar, mas questionou a aplicação inconsistente da regra quando viu outro passageiro com vestimenta semelhante que não foi abordado.
“Diga-me, isso não é tão errado?” comentou a irmã de Culpo, Aurora, no Instagram. “Olivia e eu vamos para Cabo. Olha a roupa dela. Ela está fofa, ela está apropriada, não está?”
Influenciadora de Fitness Turca Negada ao Embarque por Causa da Roupa
A fisiculturista e modelo de fitness turca Deniz Saypinar foi impedida de embarcar em um voo da American Airlines no Texas devido à sua escolha de roupa. Saypinar, que se mudou para os EUA para escapar das atitudes conservadoras em seu país natal, foi informada de que sua roupa—que incluía um top cropped e shorts de denim—era muito reveladora.
“Eu sou uma atleta, e agora tenho que esperar aqui até de manhã,” compartilhou Saypinar nas redes sociais. “Eu amo os Estados Unidos, mas acho ridículo que não me deixem entrar no avião porque dizem que estou nua.”
O Debate Sobre os Códigos de Vestimenta das Companhias Aéreas Aumenta
Esses incidentes provocaram uma conversa nacional sobre a autoridade que as companhias aéreas têm para controlar a roupa dos passageiros. Críticos argumentam que os códigos de vestimenta são sexistas e aplicados de forma arbitrária, visando desproporcionalmente as mulheres. Eles questionam a falta de diretrizes claras e a natureza subjetiva do que é considerado “apropriado”.
Por outro lado, alguns apoiam as políticas das companhias aéreas, afirmando que os códigos de vestimenta ajudam a manter um ambiente familiar a bordo.
Companhias aéreas como American e Delta oferecem orientações mínimas sobre vestuário em suas políticas, afirmando geralmente que os passageiros devem “se vestir de forma apropriada” sem oferecer detalhes específicos.
À medida que mais viajantes compartilham suas experiências nas redes sociais, o apelo por políticas de códigos de vestimenta mais claras e consistentes continua a crescer. O debate levanta questões importantes sobre a expressão pessoal, normas de gênero e o equilíbrio entre direitos individuais e políticas corporativas em espaços públicos.