Kalle Rovanperä consumou este domingo o regresso às vitórias no Mundial de Ralis (WRC). Nos desafiadores troços de terra do Rali da Acrópole, o piloto da Toyota não teve contratempos de maior, ao contrário de vários dos rivais, gerindo bem a margem que tinha este domingo à entrada do último dia.
O dia de domingo começou com a passagem única em Tarzan, na qual Elfyn Evans (Toyota) foi o mais veloz nove segundos na frente de Dani Sordo (Hyundai) para ultrapassar o rival na geral e assumir a segunda posição. Rovanperä teve dificuldades para acompanhar o ritmo e não foi além de nono, a mais de meio minuto de Evans. Sordo foi o mais veloz da PEC 14 (Grammeni 1) 1,3s na frente de Evans, mas não chegou para recuperar a vice-liderança. Rovanperä minimizou as perdas com o oitavo registo, entrando na última classificativa com 1m29,2s de margem.
Restava a Power Stage e Rovanperä consumou o triunfo da melhor forma: o melhor tempo nessa PEC 15 em Grammeni valeu-lhe a pontuação máxima. Em segundo no troço, Evans confirmou a segunda posição final a 1m31,7s do vencedor. Ott Tänak (M-Sport Ford), Sordo e Esapekka Lappi (Hyundai) completaram o top cinco da Power Stage por esta ordem. Na geral, Sordo fechou o pódio em terceiro, Tänak foi quarto e Lappi o quinto.
No WRC2, Andreas Mikkelsen (Team WRT/Skoda) foi o vencedor dos dois primeiros troços do dia para entrar na última especial como líder, à frente de Gus Greensmith (Skoda). O norueguês confirmou a vitória na classe com o terceiro tempo da PEC 15, ganha por Lauri Joona (Skoda). Greensmith acabou em segundo a 10,3s e Yohan Rossel (PH Sport/Citroën) concluiu em terceiro. Apesar de não ser o mais veloz de nenhuma classificativa de domingo no WRC2 Challenger, Grégoire Munster (Ford) consumou a vitória na categoria, batendo Kajetan Kajetanowicz (Skoda) por 20,1s. Joona foi o terceiro.
Já sem chances na geral devido ao abandono de ontem, Laurent Pellier ditou o ritmo do WRC3 e do Junior WRC nas duas primeiras especiais de domingo, mas foi Diego Domínguez a cimentar o comando na frente de Kelly Eamonn… chegando à Power Stage com praticamente sete minutos de avanço. Um incidente de Robert Virves (Ford) acabou por não permitir a realização da PEC 15 no WRC3 e no Junior WRC, e assim Domínguez ganhou 6m52,6s na frente de Eamonn. Tom Rensonnet fechou o pódio.
O resumo do rali
Rovanperä ganhou a super-especial de quinta-feira e foi o primeiro líder na Grécia, mas na sexta-feira Thierry Neuville (Hyundai) e Sébastien Ogier (Toyota) estiveram em evidência e terminaram por essa ordem nas duas primeiras posições, separados por 2,8s. Rovanperä era terceiro a 25,5s, uma distância que não seria fácil de anular. Ott Tänak (M-Sport Ford) também mostrou velocidade, mas sofreu uma penalização na PEC 4 que o afastou da contenda.
No dia de sábado, houve luta pelo comando entre Neuville e Ogier durante a manhã, com duas trocas de líder entre ambos. No entanto, um incidente tirou o belga da luta na décima especial. A disputa passou a ser, então, entre Rovanperä e Ogier, mas o francês danificou a suspensão na PEC 12 quando liderava.
Com os rivais irremediavelmente atrasados, Rovanperä passou a ter uma vantagem sólida no comando, superior a dois minutos face a Sordo. Até ao fim, o campeão em título só teve de gerir para ganhar. O espanhol, por seu turno, teve de se preocupar com a luta pelo segundo posto face a Evans, com o britânico a levar a melhor na manhã deste domingo.
No WRC2, Mikkelsen abriu na frente, mas atrasou-se na PEC 2 e teve uma montanha para escalar na recuperação… conseguindo-a transpor com sucesso no sábado, ao monopolizar as vitórias em classificativa na categoria. Rossel liderava à entrada do dia de ontem, mas perdeu as suas chances com um furo na PEC 10. Antes, o seu principal perseguidor, Marco Bulacia (Toksport WRT/Skoda) tinha-se retirado devido a incidente na PEC 9.
Greensmith passou a ser o único «obstáculo» entre Mikkelsen e a liderança, com o norueguês a ultrapassar o adversário na PEC 12. Até ao fim, manteve-se na frente, consumando assim o triunfo na frente de Greensmith e Rossel.
Bulacia, Sami Pajari (Skoda), Robert Virves (Ford) e Kajetan Kajetanowicz (Skoda) disputaram a liderança do WRC2 Challenger ao longo de sexta-feira, mas no dia seguinte Bulacia começou a destacar-se. Os seus problemas na PEC 9 promoveram Pajari à liderança, mas também este teve contratempos na PEC 10 e daí em diante Munster nunca mais cedeu o comando. Lauri Joona (Skoda) atrasou-se na PEC 12 e, até ao fim, Kajetanowicz foi o principal oponente do luxemburguês. No entanto, Munster fez uma exibição sólida e susteve o polaco até ao fim para ganhar.
Quanto ao WRC3 e ao Junior WRC, depois de William Creighton liderar no início, a disputa passou a ser entre Domínguez e Laurent Pellier, até que o francês teve de abandonar após a PEC 7 com problemas técnicos. Ficou o caminho aberto para o paraguaio, que não despediçou e bateu Eamonn por uma margem muito clara.
Top dez final: