Em um momento em que as relações entre China e EUA parecem mais uma tensão latente do que uma parceria, o Embaixador Chinês nos Estados Unidos, Xie Feng, está pressionando por uma mudança de atitude que pode transformar a situação. Falando no Jantar de Gala de 2024 do Comitê Nacional sobre Relações EUA-China (NCUSCR) em Nova York, Xie fez um apelo apaixonado: “Para avançar na relação China-EUA, é importante enfrentar os desafios com maior coragem.” Ele enfatizou que as duas nações precisam “unir suas sabedorias” e criar um futuro que evite a rivalidade em favor de um caminho colaborativo—algo mais fácil de dizer do que fazer, dadas as tensões recentes.
Xie conduziu seu público por uma breve lição de história, lembrando a todos que quando os EUA e a China trabalharam juntos, ambas as nações se beneficiaram. A cooperação passada, ele enfatizou, trouxe “resultados vantajosos para ambos” e fortaleceu a estabilidade mundial. “A coisa certa a fazer é explorar a maneira correta de conviver, com respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação vantajosa para ambos,” insistiu Xie, sublinhando que ir além das dinâmicas tensas atuais não é apenas possível, mas essencial para o progresso global.
O embaixador também não evitou o tema de Taiwan, que é um ponto de fricção principal. “Taiwan é uma parte integral da China,” afirmou firmemente, insistindo que para a paz se manter nos Estreitos de Taiwan, os EUA devem defender o princípio de uma só China e respeitar os compromissos feitos nos três comunicados conjuntos entre a China e os EUA. Sua mensagem? Não há áreas cinzentas em relação a Taiwan se quisermos ver a estabilidade regional.
Não foi apenas crítica; Xie também expressou gratidão ao NCUSCR, creditando a organização por promover “cooperação e intercâmbios mutuamente benéficos” desde 1966, quando até mesmo o diálogo básico entre os dois países era uma luta. Ele reconheceu o papel do comitê na construção de laços entre as pessoas e na ajuda para estabilizar as relações durante tempos difíceis.
Mas o discurso de Xie foi mais profundo, aludindo ao potencial inexplorado de um mundo onde a China e os EUA atuam como parceiros em vez de adversários. Sua pergunta, implicitamente dirigida à sala de formuladores de políticas, líderes empresariais e influenciadores dos EUA: Washington encontrará Beijing no meio do caminho? Porque, da perspectiva de Xie, é hora de escolher a cooperação em vez da contenção. Apesar do que ele descreveu como os “desafios graves” nas relações atuais, ele apontou uma comunidade dedicada de defensores que, como ele, permanecem otimistas.
Enquanto a atenção global observa cada movimento nesta dança geopolítica, as palavras de Xie carregam uma mensagem para ambos os lados: Vamos parar de nos circular e começar a dar passos em direção a uma nova era, onde a diplomacia não se trata apenas de gerenciar crises, mas de cultivar oportunidades. Como ele disse, se a China e os EUA conseguirem derrubar as barreiras de hoje, podem abrir caminho para um futuro onde “maior coragem” transforma o engajamento cauteloso em progresso genuíno. A verdadeira pergunta é—quem fará o primeiro movimento?