No último capítulo da batalha da Fórmula 1 por corridas justas, o piloto da Mercedes, George Russell, se manifestou em apoio a Lando Norris após o que ele descreveu como táticas “antidesportivas” de Max Verstappen durante o Grande Prêmio do México. As manobras defensivas agressivas de Verstappen contra Norris geraram preocupação em todo o grid, levando Russell a pedir regras mais rigorosas para manter a corrida justa.
O incidente se desenrolou quando Verstappen forçou Norris para fora da pista na Curva 4, apenas para ultrapassar os limites ao correr largo em curvas subsequentes para se manter à frente. Russell foi rápido em criticar os métodos do holandês, sugerindo que as ações de Verstappen não apenas cruzaram uma linha, mas arriscaram colisões significativas.
Russell, que frequentemente se enfrenta com o companheiro de equipe Lewis Hamilton, destacou a diferença em suas batalhas duras, mas respeitosas, em comparação com as táticas defensivas recentes de Verstappen. “Quando você luta com Lewis, é difícil, mas justo”, disse Russell, explicando sua preocupação de que as táticas de Verstappen estavam “indo além do entretenimento, ou além de uma espécie de esportividade.”
A colisão no México ecoou um incidente anterior em Austin, onde Norris foi penalizado por uma manobra agressiva, apesar de a culpa não recair apenas sobre ele. Russell observou que, embora atribuísse a confusão em Austin a ambos os pilotos—estimando um equilíbrio de culpa de 60-40—apenas Norris recebeu uma penalidade, e ele sente que a situação está se tornando injustamente desequilibrada.
Esta última disputa com Verstappen trouxe à tona memórias do infame confronto no GP do Brasil de 2021 entre Hamilton e Verstappen, uma corrida que redefiniu os limites da pilotagem agressiva. Os incidentes no México e em Austin agora levaram a FIA a reavaliar as diretrizes de corrida da F1. O objetivo? Criar regras claras que impeçam um piloto de tirar vantagem de manobras fora da pista para manter sua posição.
Russell, que representa uma voz crescente entre os pilotos preocupados com a direção atual do esporte, enfatizou como 19 dos 20 pilotos apoiam a intervenção da FIA. “Se estiver incorreto, faça a mudança hoje,” afirmou Russell, pressionando por uma ação imediata em vez de esperar até 2025 para ajustes nas regras.
Para Verstappen, o GP do México se mostrou custoso. A penalidade de 20 segundos prejudicou significativamente sua classificação, fazendo-o cair para P6. A Red Bull teve dificuldades para competir, perdendo, no final, sua posição de segundo lugar na classificação de construtores para a Ferrari.
Esta saga está longe de terminar, enquanto os pilotos e oficiais da F1 trabalham para garantir corridas mais justas e seguras.